Eles estão de volta!!

A quarta-feira foi marcada de retornos importantes em seguimentos também importantes no cenário brasileiro. Na paixão nacional, o futebol, e na tensão nacional, a política. Para os gramados o Brasil assistiu o retorno do ex-fenômeno, Ronaldo, para as bancadas poderosas de Brasília, quem ressurgiu foi o ex-presidente da República, Fernando Collor de Melo.

Collor não voltou agora à política, afinal ele já foi eleito Governador de Alagoas e ocupa o cargo de Senador pelo mesmo estado, mas volta a ocupar um lugar de destaque em meio política nacional. Ele será presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, o que em poucas palavras quer dizer que será ele quem dará ritmo às obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), programa de grande apreço dentro do Governo Federal.

Já Ronaldo voltou a disputar um jogo oficial após mais de um ano parado, a última atuação do camisa 9, havia sido em 13 de fevereiro de 2008, ainda pelo Milan, quando vestia a 99, em partida válida pelo Campeonato Italiano, contra o Livorno. Na noite de ontem ele atuou por 27 minutos na vitória do Corinthians frente ao Itumbiara, atual campeão Goiano, por 2x0. Tentou alguns piques, algumas tabelas, mas a falta de ritmo ainda é visível e atrapalha Ronaldo. Para se ter noção de quanto apagada, futebolisticamente falando, foi à participação do jogador, o fato mais comentado de sua volta foi a microfonada que Ronaldo levou de um repórter ao sair do gramado.

Mas o que em comum teriam esses retornos, o de Ronaldo e o de Collor? Se você parar para observar continuamos vivendo na política e no futebol de nomes que vimos serem exaltados e achincalhados no passado. Collor foi eleito Presidente da República Federativa do Brasil, como o Presidente mais novo da história, e ainda, o primeiro por intermédio do voto do povo. Depois teve seu nome gritado pelos caras-pintadas da rede Globo, mas dessa vez seu nome acompanhava um enorme “fora”, era “fora Collor”, juntamente com um pedido de Impeachment,palavra que o povo brasileiro nem mesmo conhecia. Ronaldo foi o suspiro dos brasileiros antes dos gritos de gol e foi eleito o grande herói da conquista do penta-campeonato na Ásia, em 2002, mas também foi criticado, e como foi criticado na Copa de 98. Quando às vésperas da final contra a seleção dona da casa, França, teve uma crise convulsiva e entrou em campo sem condições de jogo.

Enfim, os nomes continuam os mesmo e as angústias também, afinal continuamos a pensar se essas serão as soluções para as nossas angústias, mas ninguém deve estar mais apreensivo com ambos do que o atual Presidente brasileiro, o Lula. Ora pessoal, o Lula quer muito o bom andamento do PAC, e como quer, senão como alavancar a candidatura da Dilma, a mãe do PAC, para as próximas eleições presidenciais e outra, não esqueçamos que nosso presidente é corintiano, então ele precisa acreditar no Ronaldo.